quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Crepúsculo dos ídolos: como filosofar com marteladas

É bom lembrar a todos que as postagens novas antecedem as antigas, para ler na ordem correta comece sempre pelas postagens lá de baixo (sempre das últimas para as primeiras)

Crepúsculo dos ídolos
Nietzsche
2° edição. Ed: Escala. Col. Grandes Obras do pensamento universal - 28

Comecei a ler e estudar este livro do meu querido amigo Nietzsche hoje.
Pretendo fazer uma leitura um pouco mais demorada e bem mastigada do que as outras, por que não é trabalho da faculdade e não tenho prazo nenhum de entrega, portanto estou livre. Leio um capítulo já anotando e riscando tudo o que me interessa e o que é mais importante, para depois ler uma segunda vez, fazendo, então, uma síntese de tudo o que entendi. Depois de lido e sintetizado todo o livro, quero ler uma terceira vez para melhor compreensão.

Pois que seja, depois da primeira leitura de cada capítulo virei aqui para escrever o que somente eu irei ler.

Se houverem leitores pacientes e dispostos a dizer algo sobre o que escrevi, ficarei feliz
Se não houver, não ficarei triste, pois tenho leitores pacientes e fiéis!

Paciência é uma coisa que Ninguém tem... e de sobra!

Por esta paciência tenho que, desde já, dar meu muito obrigado ao Ninguém, este indivíduo que se faz presente em todos os lugares em que Alguém não está, e que lê todas as coisas que eu escrevo!
Se um dia disserem que Ninguém leu meus escritos, só estarão confirmando o que eu já disse, pois este Ninguém é um leitor fiél e mui digno de meu respeito!
Ao Alguém, leitor não assíduo, devo também alguns agradecimentos, pois ele aparece apenas nos dias em que Ninguém não aparece (o que é muito raro!). Por isso sou feliz, sempre há Alguém para ler o que Ninguém, por algum motivo justo, não teve oportunidade de ler!

Capítulo 1 - O problema de Sócrates

Está mais do que evidente a crítica de Nietzsche aos sistemas metafísicos de Sócrates, Platão e companhia! Os metafísicos fazem o mesmo juízo de valor sobre a vida: que ela não presta. E criam um sistema que tende sempre a negar a realidade, a vida e os instintos naturais do homem.
Nietzsche critica a dialética, mas o que me parece é que ele critica mesmo é a finalidade com que a dialética foi utilizada por Sócrates, um instrumento do oprimido para refutar a vitória do maior, do mais forte (é o que ele diz).

Eu penso que a dialética seja um instrumento bom para entender a realidade, já que nada é como Parmênides disse: É ou não é! Tudo está em um processo contínuo de mudança, portanto, a dialética, neste sentido, seria a forma mais acertada de entender as mudanças.
Não estaria discordando de Nietzsche neste ponto, estaria? Acredito que não! Tomara! Apesar que se estiver agindo assim... Foda-se! Ele está morto mesmo! rsrsrsrs!

Nitzsche é mesmo o cara! Uma frase que sintetiza o que ele pensa sobre Sócrates e todos os seus discípulos doentes é:

"[...] Estar obrigado a lutar contra os instintos - essa é a fórmula da decadência: enquanto a vida é ascendente, felicidade e instinto são idênticos." p33

Sócrates fez com que todos recorressem à razão em detrimento dos instintos. Vejo que essa é a crítica essencial do primeiro capítulo do livro!

"Sócrates não é um médico, cochicha ele para si mesmo: a morte é o único médico aqui... Sócrates esteve somente doente por muito tempo." p33