quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Utopia I - projeto para concretização


Nossa Utopia! ParteI
por Daniel Alabarce, Quarta, 15 de Agosto de 2012 às 03:25 ·
                                                                                                                 
Ideologia, eu quero uma pra viver!                                                                                                                                                           Cazuza


O nosso problema talvez seja ter nascido numa sociedade como esta, em que não há individualidade, existe apenas uma carnificina mútua e escamoteada, onde todos mantém as regras do “bem viver”, mas que o fundamento essencial da sociedade é a competição, a guerra ao próximo, não o amor!
Sociedade falida, insalubre, medíocre! Vivendo uma vida inautêntica, porque não é nem isso nem aquilo, não há rótulos, não há direções, não existe aqui nem ali, existem apenas meios-termos, meias medidas, meio isso meio aquilo, é ali, mas não é.

E não acho que este seja o niilismo nietzschiano, não aquele niilismo positivo, que parte da constatação do nada para a constatação das oportunidades infinitas para criar direções, criar termos, criar!
Um niilismo que poderia nos curar era exatamente o que é realista: “Sim, nós não temos mais nenhum valor absoluto, não temos para onde fugir na modernidade, tudo é liquefeito, tudo é fugaz, tudo se nos apresentou como um imenso nadismo, a nadificação de todas as coisas devorou tudo o que tínhamos, todas as nossas estruturas de conhecimento, todas as bases do nosso saber, devorou a política, se transformou em sistema econômico e intensificou a esquizofrenia da roda de morte, mas é exatamente por causa disso que iremos nos levantar e fazer a coisa toda como quisermos e como bem entendermos, porque estamos, neste contexto, jogados completamente na nossa liberdade mais responsável e angustiante. É o momento perfeito para o surgimento dos fortes da natureza, os selvagens do pensamento e do corpo, é hora de levantarmos nossas armas e pincéis e tintas, e notas e lápis, e todo tipo de criação artística, intelectual, social e revolucionária para ditar um outro mundo, o mundo nosso, a nossa vez de construir essa droga de mundo. E se as gerações futuras rejeitarem isso, que façam elas a sua própria versão! Nós iremos criar essa! E vamos criá-la até o fim.

Respaldamos agora, depois de ter olhado para a história de nossas relações sociais, tendo olhado também que as próprias relações sociais nossas se transmutaram em relações puramente econômicas, que as relações existentes nesta nova sociedade será primeiramente individualista, construtivista no indivíduo, por que é o indivíduo a força motriz da criação de todas as coisas, é ele, pois, quem deve estar bem estruturado e centralizado primeiramente para fazer alguma coisa. É este indivíduo que deverá estudar até cair o último sangue todas as matérias humanas, porque somos humanos, exatas, biológicas etc, porque construiremos tudo, mas não de novo. Agora é a hora de modificar a pedra fundamental, não será a religião, nem o amor ao próximo, afinal o mais próximo sou eu mesmo. Inverteremos assim as palavras de Jesus e: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” será o seguinte: “Ama você, você mesmo, tudo que fizer, faça somente pra você.”  Como a ti mesmo será: Só depois que você amar a si mesmo e ter percebido que no mundo só importa você, pois você está em um determinado ponto de espaço/tempo, num contexto cultural, em que você uma matéria que ocupa apenas um espaço e tempo, portanto possui uma visão originalíssima do mundo e da vida, apenas depois dessa vivência é que você vai agora se dirigir ao outro (que também passou por todas essas tarefas, sem nenhum ponto de equivoco. E agora, tendo sido educados como seres individuais (que não podem ser divididos – mais importante: que não enxergam o mundo fragmentado, mas como uma teia de relações contínuas e totalizantes que acabam esbarrando sutilmente nas relações do próprio Kosmo, aí sim, esse indivíduo poderá se preocupar com as nuances existentes entre um e outro indivíduo, compartilhando aquela visão peculiar que cada pessoa tem durante todo percurso a que foi submetida para fazer e construir agora relações concretas, baseadas naquilo que aprenderam na vivência prática do Si Mesmo.

A base real, óbvia e o pivô formal de toda esta nossa sociedade é o indivíduo crítico, que só se torna crítico por estes caminhos que apresentamos. Reconhecer em si mesmo o valor e a capacidade e reconhecer no outro a impossibilidade de controle. Não é possível criar mecanismos de controle no pensamento alheio sobre um individuo nosso, então, nós geramos nossos indivíduos de tal forma que eles consigam lidar com o mundo cruel como ele é, mas sem destruir as pessoas, destruir o sistema, esta é a força oculta que nos move. Não existe amor uns pelos outros, apenas medo e interesse. Contornar esta questão é complicada se partirmos de um ponto de vista emotional, e principalmente se for de uma analise moral.
Foda-se, nossa análise não é de forma alguma moral, queremos apenas que os indivíduos sejam aquilo que eles já o são no nome, seres que não se dividem por nada, que mantém a consistência de sua afirmação, de seu ideal –já que não dá pra viver sem um mínimo de ideal

Prestem atenção senhores e senhoras, porque um novo modo de governo vai chegar, e é o jeito nietzschiano. Preparemos os caminhos para o Uber Mansh, o Ser que vai dar um Salto na história da humanidade, saltando a própria humanidade, desprezando o que nós chamamos de homem. Vejam ele está ali no topo daquela montanha vermelha, verde, azul e preta, é o Além-Homem.
Sim, porque precisamos de tudo novo. HOMEM é um conceito velho, será substituído por ALEM HOMEM,
Escola deverá ser chamado de ACADEMIA, quase ao modo grego pré-socrático, onde terão aulas de todas as coisas relevantes, física, matemática, biologia, filosofia, psicologia, arquitetura, música, dança, teatro, onde os professores vão se responsabilizar por no máximo 15 alunos por classe, cada classe vai ter todos os professores, professores e alunos vão se conhecendo e se tornando próximos, e vão criando linhas de pesquisas sobre o tema que iniciaram na pesquisa. Professores serão autônomos em suas aulas, em seus grupos, e daí sim professores poderão participar, caso queiram, do modo de pesquisa para acrescentar algum saber novo ou mesmo conflituoso, de onde possa surgir uma síntese e um novo ponto de estudo.

Temos que implodir as estruturas sociais e educacionais agora, aniquilá-las completamente sem um resquício de piedade, pois piedade é sinal de decadência! Destruição, Radicalização, Confronto, Enfrentamento, e se preciso até a morte deles ou nossas! Porque é nosso direito criar e instaurar outra forma de se fazer educação no Brasil e nós vamos fazer isso, queiram ou nãol
                                                                                                                                   
Esta é a lógica e a garantia da sobrevivência do sistema, que haja expansão, e no meio da expansão crie-se contradições e que destas contradições surjam novos campos de saber, e essas contradições surgem cada vez em maior número e quando se percebe estaremos suplantando toda a velha estrutura dominante, com tnts nas mãos, armas, facas e punhais... Foices para mim, katanas para meus amigos!