sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morre José Saramago!


O que podemos fazer a não ser lamentar a morte deste grandioso gênio da literatura. Esta criatura ousada que desafiou a podridão das religiões, que nos encantou com histórias tão bem escritas, que nos abriu os olhos para a beleza da língua portuguesa?

Hoje, dia 18 de junho de 2010, o mundo perde José Saramago. Um daqueles poucos escritores que conseguem unir pessimismo e bom humor.

Não teremos novos livros de Saramago, mas ainda temos Caim, o Evangelho de Jesus e As Intermitências da Morte...

Claro, quem leu o livro A Cabana, por exemplo, jamais deverá ler alguma obra de José Saramago, seria o mesmo que colocar ácido em ferida aberta!

Quem leu "O Segredo" ou "Crepúsculo", então, não deveria sequer tocar em algum livro dele... Seria muito perigoso! rs

Aos corajosos, porém, avante! Deliciem-se de Saramago em livros, pois agora já o não temos entre nós! A morte veio buscá-lo e só nos resta uma tristeza a mais!

OBS: Antes de dizer algo parecido com: "Vai com deus, Saramago", pense bem! Acho que deus não é digno de ir com ele!

domingo, 13 de junho de 2010

EU TENHO RAZÃO!? TENHO? NÃO! NÃO! NÃO?

Sabe quando você sente vontade de comer alguma coisa gostosa!? Sei lá, um bife, um chocolate ou um tomate geneticamente modificado? Então, hoje eu fiquei sem sono e tive um desejo tão grande por morder as unhas do dedinho do meu pé, que pensei seriamente na possibilidade de me torturar me obrigando a arrancar os pelos do meu axilas!

Não sei, é uma sensação de quase-morte... Parecido quando você toma cerveja aos litros!

Eu sei que você já passou por isso! Já né? Não!? Foda-se! Eu não estou interessado em saber mesmo.

Quando o Ser se revolve em si mesmo logo poderá se tornar outro por meio da negação da negação, ou seja, a televisão se ouve no rádio, e todas as estrelas do céu se jogam no mar vermelho!

E o cachorro? Bom, aí é diferente, pois ele não gosta de balançar o rabinho quando está triste! De fato, ele chora bem alto, tão alto quanto as maiores montanhas de Marte.

É interessante como, falando em planeta, a girafa cruza com as árvores nas religiões africanas do sul, muito mais ainda quando isso ocorre mais para o sul, perto dos jogos olímpicos da copa atlética.

Fico aqui pensando, então, será que eu posso fazer um gato cair de costas? Será possível assistir o Faustão sem cometer suicídio? Não, NÃO É POSSÍVEL! E isso é bem evidente quando nós estamos diante de um frango assado recheado de Chavez, sabe aquele que mora dentro de um barril? ... Passa sempre no SBT. Putz! Assaltaram meu vizinho! Será que quebraram a descarga do banheiro deles?

-Ei, você aí, me dá um dinheiro aí! Me dá um dinheiro aí que eu vou comprar uma passagem para um exoplaneta!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Antropologia: Ousar para reinventar a humanidade

Acabei de fazer a leitura de um livro que é muito bom como introdução à matéria de Antropologia Filosófica. E como o objetivo principal deste blog é que eu apresente minhas leituras etc, resolvi colocar aqui um dos textos que fiz sobre Antropologia Filosófica.

Pra quem tiver interesse em se introduzir a leituras filosóficas este livro é muito interessante.

Aqui está a citação:
ARDUINI, Juvenal. Antropologia: ousar para reinventar a humanidade. São Paulo: Paulus, 2009.

Fiz um breve comentário sobre a obra (com umas pequenas críticas apenas).



Préfacil:

Depois de ter lido o livro de Juvenal Arduini é bom tomar suco de limão sem açucar. Notavelmente é uma leitura agradável de se fazer, simples. Este simples é o simples que alguns alemães deveriam buscar (se bem que os alemães não estão nem aí pro leitor, se você não os entender... a impressão que fica é que eles dizem um "foda-se" escarrado!

Podemos sintetizar todo o livro em algumas noções básicas:

-A reflexão do autor gira em torno de uma luta constante em favor da abertura do pensar antropológico;

-A grande parte de suas críticas se direcionam aos opressores do homem: uma sociedade manipuladora, um sistema coisificante, modos de ver unidimensionais e fragmentários etc.;

-Quem lê o livro intui (deduz, antevê, use a palavra que quiser) uma inquietação na "medula" do autor, um inconformismo, um desprazer em relação ao presente, ou como ele mesmo fala: "um pessimismo otimista" (ARDUINI, 2009, p. 65-67).

-Este pessimismo otimista do autor é a mola propulsora de sua obra, aquilo que lhe dá audácia para dizer que: é preciso reinventar o humano.
Espero que tenha conseguido sugerir alguns dos principais elementos (os que mais se destacaram para mim durante a leitura) deste livro.


O modo como Juvenal Arduini apresenta os conceitos é perfeitamente compreensível, claro e distino! Dá auxílio a leitores que possuam certa dificuldade de abstração, mas não chega a pecar por didatismo ou pedagogismo.

Não posso omitir que pra quem acabou de ler um Hegel (Fenomenologia do espírito)um Kant (Crítica da Razão Pura) ou um Sartre (O Ser e o Nada) a sensação é de estar lendo qualquer boa obra de literatura. (Isso não é ruim, pois precisamos de leituras menos densas vez por outra). O pensamento deste autor se revela tão profundo quanto uma obra literária, há muito que se estudar nele.

O pessimismo otimista de arduini está mais para um impulso revolucionário que vocifera contra as opressões humanas que os próprios humanos criam.


Fácil:

Há desdobramentos, porém, que ele mesmo não explora e que cabe ao leitor pensá-los (já que a intenção é exatamente a abertura do pensar).

Arduini insiste em que o homem é "ser incompleto", com "mais semblante de madrugada do que de ocaso", "ser movediço", "identidade dançante" (ARDUINI, 2009, p. 21), deixa bem claro que não há uma essência que se possa dizer humana. Quer dizer, o homem nasce e a partir deste ponto é que ele passa a construir-se. Detalhe: Este construir-se não é contrução solitária, mas solidária, pois depende do outro para tal feito.

Entretanto, apesar de reconhecer que não haja uma essência, algo inato(se bem que ele mesmo utilizará o termo 'inato' um pouco depois) no homem, ou seja, ele é construção, projeto existencial ou processo, Arduini defende a preservação da "natureza humana": "Se devemos preservar a natureza ambiental, haveremos de preservar ainda mais a natureza humana"(ARDUINI, 2009, p. 29)
(Ouço a voz de Arendt soprando nos meus ouvidos: "Não sei se podemos falar em 'natureza humana'")

Por mais que Arduini defenda seu antropocentrismo como legítimo, não deixa de ser também um reducionista, mas de uma outra espécie. Vejamos o que ele nos diz acerca deste pequeníssimo "ismo": "O ser humano é a realidade fundamental em nosso cosmo. É universo ontológico. E deve ser visto e tratado como prioridade." (idem)
E também: "Ninguém tem o direito de anular a dignidade inata ao ser humano. Mais que espécie natural, o ser humano é espécie cultural." p. 27

Precisamos relembrar um comentário que Leonardo Boff fez: "O mundo começou sem o homem e vai terminar sem ele."

Concordamos com Juvenal quando ele fala acerca do Holismo (pensamento holístico - que vem do termo grego olos, que tem sentido de todo, unidade do todo), sobre todos estarem interligados: "O ser humano é parte do Todo cósmico." (ARDUINI, 2009, p. 29). Também devemos concordar quando ele diz que: "Para unificar o mundo, o holismo não precisa reduzir o ser humano a bactéria, nem promover o tronco florestal a cientista. Todos os seres têm seu lugar no cosmo." (idem)

Todos nós sabemos da dignidade da pessoa humana, da importância do homem. Mas também não devemos nos esquecer que "homem" é um conceito universal para designar indivíduos particulares que não são iguais. Ou seja, nunca saberemos o que é exatamente "o homem", por consequência, nunca saberemos quem somos nós, pois os discursos mudam com frequência, não são estáveis, não são absolutos. Cada época dirá quem é o homem de acordo o que se produz concretamente nas sociedades.

Citando o teólogo europeu Dietmar Mieth, Arduini escreve: "Homens sem mercados não têm futuro. Mercados sem homens têm" [...] "Não é a observação que é cínica, mas sim a situação." (ARDUINI, 2009, p.24)
Arduini critica o mercado, pois se apresenta como autosuficiente, como uma existência per-si. Quando cita este teólogo, mostra para nós que a sociedade moderna (pós-moderna como ele quer) acredita piamente que não pode viver sem o mercado, quando a realidade é o oposto disso.

Lembremos também o que a biologia diz sobre a função dos seres vivos: "Manter-se vivo". Algo tão básico. Ninguém acorda e pensa: "Hoje quero morrer". Por maior que sejam as dificuldades de uma pessoa, ela sempre procurará viver. E o próprio ato de suicídio, ao contrário do que se pensa, é um modo estranho de se dizer exatamente isso: "eu quero viver, mas (por algum motivo determinado) vou me matar..." Irônico, não? Não mesmo!


Pré-difícil:

Por que estou fazendo todo este caminho? Para demonstrar que toda esta defesa que Arduini faz em favor do ser humano, colocando-o como centro prioritário, pode ser também um reflexo desta nossa obsessão de viver. Isso, porém, não nos dá o direito de nos elevarmos orgulhosamente sobre todas as demais espécies!

Arduini se revela reducionista da natureza, do cosmos, pois diz que o homem é a prioridade em detrimento de todo o resto. Calma, vamos prosseguir comigo e depois de terem lido até o final vocês poderão criticar-me.

Sim, eu sei, ele diz que todos tem um lugarzinho no cosmos, mas enfatiza o lugar do humano de modo bem mais amplo, bem mais destacado...
E foi exatamente este o erro de todos nós desde as épocas antigas até aqui: considerar o homem como o centro de todas as atenções!

Oh, sim! Nós produzimos cultura, monumentos, livros, pensamento, arte! Oh, sim! Nós criamos nossos próprios meios de subsistência! E isso é suficiente para nos legitimar como a síntese do cosmos? Com o incrível poder de estar no centro de todo o Universo tendo todos os outros planetas, galáxias e estrelas ao nosso redor? Nos legitima a afirmar que somos "clave holística da orquestração planetária"?

Tudo isso é muito poético, mas não dá conta de descrever nossa real situação no aí (dazein de Heidegger), no mundo, a concretude de nossa fragilidade.

Nossa inteligência e cultura não serão suficientes, por exemplo, para lutar contra um quasar, ou contra uma erupção solar, ou contra o enfraquecimento do campo magnético de nosso planeta.

Devemos, sim, defender o ser humano, mas não podemos nos esquecer que:
O homem sem a natureza (esta concretude fundamental dos nossos meios de subsistência) não consegue existir, mas a natureza sem o homem continuará a existir. E se, numa visão mais apocalíptica, todo o Universo acabar ou qualquer coisa mais bizarra acontecer... Não haverá uma memória sequer sobre qualquer ação humana...

Ah sim, não podemos nos esquecer de deus, pois, como nos contam, ele é eterno... Numa hipótese irônica sobrará deus. Aí ele se sentirá solitário novamente e criará outros joguinhos pra se entreter!

Conseguimos encontrar meios de nos livrarmos do perigo de um meteoro chocar-se com a terra por intermédio da técnica, poderemos, com o desenvolvimento da ciência, controlar relativamente alguns tipos de tempestades, mas não somos capazes de controlar a natureza toda, nem nos livrarmos das catástrofes que nos aguardam no futuro: vulcões, terremotos, o processo de morte do Sol (que irá literalmente engolir o Planeta Terra, apagando todo e qualquer resquício de nossa explêndida civilização inteligente) ou o encerramento do movimento de rotação de nosso planeta (que a cada 100 mil anos diminui sua velocidade). Também não podemos fugir da morte.

Vivemos o tempo todo no risco de desaparecermos completamente, na expectativa de cessar com toda a memória humana em piscares de olhos... E mesmo que nosso Sol morra, a Terra pare, ou nossa galáxia se choque com outra galáxia próxima (e não nos esqueçamos de que nós mesmos estamos cavando o extermínio de nossa espécie), todas as demais galáxias, todos os outros possíveis planetas que, semelhante ao nosso, giram em torno de outros sóis (com possibilidades imensas de vida, mesmo que não inteligentes) continuarão no dazein!!! estarão jogados aí nesse existir! E todo o Cosmos que Arduini supõe se mostra completamente indiferente à nossa existência efêmera.


Difícil ou: The End!

Então, sim, continuemos a nossa luta de cada dia contra a opressão e os reducionismos, apesar da expectativa do desaparecimento total de nossa minúscula espécie... Sem jamais esquecer que NÃO SOMOS O CENTRO DO MUNDO, não somos o umbigo do Cosmos!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Homenagem a outro amigo morto...

É morbidamente engraçado como eu sinto uma espécie de conforto nas coisas mais sombrias de nossa existência, na tristeza, nas lágrimas, no ódio, na cólera e em tudo o que participa das regiões mais baixas...

Entretanto, quando esta tristeza é fruto de momentos em que se perde alguém com quem se criou um vínculo, com quem se construiu memórias, com quem tivemos tantos momentos felizes e ruins juntos, a dor é QUASE insuportável...

E apesar de ser tão dolorosa a angústia desta separação eterna, a da morte, eu continuo querendo experimentá-la profundamente.

Hoje eu aprendi uma vez mais como se faz importante sofrer e experimentar o luto, e que só se chora por mortos quando estes tiveram algum significado. Não há como se chorar a morte de seres com quem não se criou vínculos. Não dá pra chorar a morte ou o extermínio da humanidade, apenas de indivíduos específicos... apenas com quem se tem afeto.

Minha avó e meu tio morreram em uma época que para mim, na minha cabeça, não havia a morte mesmo, havia um vazio que eu não sabia explicar, uma dor no peito e só. Eu ainda era bem criança.
Um de meus amigos daquela época mais distante morreu depois de levar um ou dois tiros e esta morte já começou a me modificar o entendimento.
Em maio de 2009 meu amável avô morreu, sr. Benedito Gomes Vieira. Esta foi uma morte que me marcou demais, pois vimos seu sofrimento até o fim, ele morreu em casa, foi bem doloroso.

Aqui neste blog fiz uma homenagem ao Reinaldo, outro amigo, que morreu num acidente absurdamente grave. Também esta morte mudou muita coisa no meu pensamento sobre a morte.

Tenho visto mais pessoas morrendo de uns tempos pra cá e confesso que isso não é lá tão agradável, mas não deixa de ter seu lado saudável... (mesmo que de forma bem bizarra).

Este meu outro amigo, que morreu hoje, é o Arthur. Ele não se encaixa no conceito de pessoa, nem em humano, mas ele (como vários outros amigos desta espécie que também vi morrer) fazia valer muito mais que alguns humanos por aí.

Ele me esperava no portão todos os dias, quando chegava em casa ele pulava, rodava, e demonstrava um afeto tão sincero, que somente animais "irracionais" podem expressar. Eu o abraçava e repousava minha cabeça nele enquanto dormia, às vezes ele não acordava, em outras lambia meu rosto.

Ele era carinhoso, medroso e brincalhão. Um cachorro perfeito.

Ele vinha na porta de casa pra comer ração e beber água, pois era um cachorro de rua, muito arisco, deve ter apanhado muito na rua, pois qualquer pessoa que se aproximasse dele era o suficiente pra ele se encolher todo e fechar os olhos.

Ele foi se acostumando a vir em casa comer e beber água. Daí eu pedi pra minha mãe deixar ele ficar com a gente. Então foi um sacrifício pra fazer ele entender que eu queria que ele morasse aqui em casa, rs. Mas ele gostou da idéia e ficou aqui.

Ele chegou bem magro, sujão mesmo. Depois que veio ficar aqui o pelo dele ficou macio, ele ficou mais corajoso e engordou bastante, ficou bonitão. Era todo preto com um pouco de pêlo branco no pescoço.

Às vezes o Arthur pulava no sofá (minha mãe fica brava com ele) e deitava o focinho no meu braço. Eu brincava com ele e com a Christie (outra cachorra minha - que felizmente continua viva) de pega-pega. Quando era minha vez, corria atrás dos dois, se eu o pegasse, então ele corria atrás de mim, me mordia, me arranhava. Era muito legal.

Hoje eu cheguei em casa e meu pai me falou que ele havia morrido.
Puta que pariu, me deu um gelo na barriga.
E hoje eu já estava passando mal, pois minha pressão estava baixa.
Puta merda, eu corri pro lugar onde meu pai o tinha colocado e o olhinho dele ainda estava aberto. Eu senti um dor tão grande no peito, um vazio (aquele que eu já sinto todo dia, mas que fica cada vez maior)... Sentei e chorei enquanto acariciava o pêlo macio dele.

A Christie ainda não tinha percebido, por que meu pai o deixou escondido num canto do quintal. De repente, a Christie aparece do meu lado e começa a passar a patinha dela no Arthur, desesperada, cheirava ele, mexia nele, e chorava daquele jeito que cachorro chora, sabe?... Foi uma cena cruel pra mim, e percebi que a Christie estava bem mal também. Aí abracei a Christie e tirei ela de lá, pois ela ficava mexendo no corpo do Arthur de um lado e de outro, chorando.

Para qualquer outra pessoa isso pode parecer exagero. Chorar e sentir tristeza pela morte de um cachorro? É apenas um cachorro!...

Mas só quem tem um vínculo desses é que sabe como um animal é importante pra quem tem um e o ama.

A diferença é bem pequena, o animal não fala e não produz sua própria subsistência, só isso. E às vezes eu não sinto nem um pouco de tristeza na morte de certas pessoas!

Não, não sou insensível, apenas choro por quem eu gosto.

Notei isto na reação da minha cachorra quando viu o Arthur. Ela não tem a maldição que nós temos de saber que vai morrer, de ter que conviver com a expectativa da morte, mas ela tem um sentimento instintivo, que pode não ser racional, mas que é tão intenso quanto o nosso. E penso que estes são os sentimentos mais verdadeiros de todos, porque no fim todos nós somos um bando de animais.

Se ele estivesse me ouvindo eu diria: Te amo, cachorro! Valeu por ter sido meu fiel amigo!

Pouco importa isso agora, mesmo porque eu dizia isso enquanto ele era vivo.
Mas na minha memória ele vai estar até o dia da minha morte, quando eu também tornar-me um nada, um fim de todas as possibilidades.

Importa agora que eu esgote esta tristeza em mim experimentando-a sem medo, degustando dela até a última gota. E com todos os mortos farei isso, todos aqueles com quem, enquanto vivos, criei vínculos.

Sinto que este sofrimento, esta tristeza é saudável.

O nome dele era Arthur Winchester (por causa de Arthur Schopenhauer e da série de tv Supernatural - sou viciado em ambos). Nunca gostei de colocar nomes com repetições silábicas nos meus cachorros, por exemplo, Tatá, Totó, Lulu, Xaxa etc. Mesmo por que eu sempre criei meus vários cachorros como amigos, e eu nunca chamei nenhum amigo meu por apelidos deste tipo!

Ironicamente o Arthur morreu um pouco depois do término da 5° temporada do Supernatural, rs.
Espero que ele não tenha problemas com anjos ou demônios se eles, na possibilidade mais remota, existirem!

- Arthur, se existir um "outro lado" depois da morte e algum ser reluzente por lá sentado em um trono ou qualquer coisa parecida: morda ele com força e não solte!!! E se este ser reluzente não gostar disso e te mandar pro inferno não se preocupe, pois lá nos encontraremos uma vez mais...