sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sobre a Desordem Quártica

O caos do meu quarto é inteligível para mim, existe uma ordem subjacente e ontológica. Mas o concreto dos entes docilizados e esparramados impedem que eu encontre espaço para repousar meu Eu Absoluto.
Sofro as dores de antecipação, a pré-ocupação de mensurar o tempo que irei gastar re-organizando todas as coisas em lugares diversos, mas com linearidade racionalizada e cartesiana... Poderia aceitar o "ser sendo", o dionisíaco, mas teria que aceitar a consequência de dormir em um canto perto da mesa do computador.
Resta, pois, depositar cada ente na ausência absoluta do ser que se encontra ao lado do guarda-roupa e deixar que a gravidade me invoque para baixo.

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