O cotidiano oprime e desvela a frivolidade das relações virtuais
O cotidiano pode levar à loucura daquele que sorver sua taça de vinho superficial
A membrana que segura e prende a todos é frágil demais
Mas ninguém há que queira rompê-la
Pelo contrário, a sociedade inteira luta continuamente
Para tornar a membrana algo mais pesado, denso, resistente
De modo que todos fiquem presos, pois esta é a vontade dos pobres
(o feitiço que se voltou contra o feiticeiro)
Afinal, escravos não sabem viver sem senhores,
já que por toda a vida foi somente esta vida que tiveram
Condenam, no entanto, os que os interpelam com a luz
Pois luz é um incômodo inaceitável para quem mora na caverna
Matam e escondem o corpo de quem quis se libertar
A esperança reside, assim,
exatamente na ação de matar o libertário
porque seu corpo irá apodrecer
causará náuseas torrenciais
mal estar geral e completo
Eles vão ter que tirar o defunto da caverna
E ali, enfim, ele terá a paz que desejou.
Paz profunda após ter conseguido morrer para uma sociedade que, em verdade, já se putrefazia em vermes e larvas cemiteriais...
Paz profunda, pois conseguiu se libertar de um peso da ignorância cega e absurda, conseguiu enxergar Sofos na cara!
Dóem-se-lhe os olhos por causa da luz
Mas isso não importa
pois a Luz me revela um mundo totalmente aberto
Sem fronteiras, sem delimitações...
Sem moralismos irritantes como um violino desafinado e sem técnica!
Sim, somente é possível a liberdade dessa futilidade social moderna
Bebericando aos goles o cianeto proibido aos incultos
Cianeto para matar de dentro para fora do filósofo
Veneno para morrer, pois morrendo para esta podre e estúpida, tediosa e vexamosa existência humana moderna de mercadorias que conversam sobre as economias de mercado!!!!
Nããããooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!
Não é este o meu caminho
Meu caminho é o caminho que devo seguir
E que vem do alvorecer daquela luz mais forte,
não me refiro ao Sol, seus imbecis!
Mas a Vênus! A Lúcifer! E a todos os meus irmãos e irmãs que de lá surgem!
Arte, Música e Dança!
E vinho sempre em vossa companhia
E de lá do alto (do alto que encontramos em nós mesmos)
Rimos de todos os que nunca riram de si mesmos
Oh, Lucifer! Eu quero luz!
Mais Luz!
Lá estava... Lá onde ficam todos os visionários. Os nossos messias.Os destemidos Prometheus. Todos eles são moralmente flagelados. Todo sinônimo, quiçá qualquer feixe de luz, fica encrustado na capa mefistofelica da sociedade. E tal como um andarilho, cheio de sede e faminto, morremos pronunciando as ultimas de Goethe. Luz, luz e mais luz.
ResponderExcluirAo admitir a tragedia humana, também admitimos a sua beleza!
ResponderExcluirSe ao metafisico não se espera nada! Seria comum a crença a qualquer coisa?
Quando admito alguma existência, também admito a falta dela!
Ao ser humano: Estamos fadado a dúvida e a ela esta a sustentação de todas as nossas certezas, porem quando acreditamos, e não o fazemos com fé! Estamos também colocando nossas certezas na pratica da dúvida!
Procuramos a luz assim como queremos as trevas, queremos a arte a musica e todas as suas manifestações e queremos nos destruir, pois sabemos que somos finitos.
Quando entro na caverna, entro no meu interior e busco aquilo que desconheço... dúvidas... quando saio apenas trago comigo as dúvidas...
De todas as certezas que tenho, gosto das dúvidas
Bebo o cálice de vinho cuja a marca é ...
Bruno e Ezequiel,
ResponderExcluira tragédia humana é a mais bela de todas!
e se por um lado, Ezequiel, me revolta ver a ignorância borbulhando por todos os lados, por outro lado fico extremamente admirado com a diversidade que podemos encontrar nisso tudo, mesmo na própria ignorância há uma sabedoria e uma beleza absurda!
E, sim, queremos a arte, a música e a dança... esse movimento de devir da construção e desconstrução.
Obrigado pelos comentários!