domingo, 25 de novembro de 2012

Música como degustação

Assisti, agora há pouco, o programa Clássicos, da TV Cultura, com Andras Schiff interpretando J. S. Bach.
http://tvcultura.cmais.com.br/classicos/andras-schiff-interpreta-j-s-bach

Um toque perfeito, com um som límpido, aveludado, frases claríssimas, enfim... uma interpretação emocionante.

E, para além da música de Bach, fiquei me questionando sobre aquela grande dificuldade em dizer que existe uma música boa e uma música ruim, assim como no âmbito moral existe o bem e o mal e a dificuldade em se caminhar em direção a um entendimento mais mutável e relativo (do caráter relacional dos preceitos da moral).

Ouvindo Bach, só o que eu consigo pensar é que sua música é capaz de provocar em mim uma sensação de prazer visceral, um arrebatamento que não ouso nomear para evitar que se perca alguma impressão sensível que capto na música e naquele instante em que meu corpo assimila os sons.

Ouvir música é mais que utilizar apenas a audição, é preciso degustar integralmente cada elemento musical como se estivesse experimentando um sorvete num dia de verão infernal, ou um vinho delicioso no frio áspero do inverno.

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