27.08.2013
O que é isto que eu sinto nas vozes do vento
e que ouço nos poros de minha pele?
um fresco e meio gélido ar em movimento
que a todas as folhas na árvore faz dançar...
uma calma interessante que se faz presente nas pontas e nas beiradas das nuvens
uma espécie de lembrança ou reminiscência
que ativa o sabor de minha tenra infância
um quadro magnífico pintado pelo anúncio antecipado da primavera
Que paz é esta que eu degusto na boca noturna
na brisa matutina e no clima da madrugada?
O séquito de um presságio que se descortina
uma promessa arraigada de uma presença
a visão do eterno na janela do devir...
Quão doce aura e sutil
das borboletas que farfalham e borbulham entre as árvores
refletindo a luz suave de um sol dourado
num ciclo de vida que sempre se repete
em meio às noites negras da alma.
É um momento que não pode durar tanto
pois é sofisticado e leve demais para tédio se tornar
Melhor então experimentá-lo sempre que surgir
e, assim, evitar que se perca algum sabor
Quadro das árvores ao vento
Daniel Alabarce
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário!