sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Poema do Triângulo Circular Cruzado

Poema do Triângulo Circular Cruzado
(R+C)

Um barco a vela para se navegar
Um espelho negro para aprofundar
Uma espada invertida para conquistar
Um desejo firme para transmutar:

Alcei a corda
Chamei as ondas
Lacei o mar
Com meu amor

Saiu o barco
Soprou o vento
Meu doce intento
De velejar

Morango em calda
Azeite em fios
Oceano azul
de sutil degustar

Degustar meu cheiro
Perfumar meu beijo
Encontrar um jeito
De em mim nadar

Viajei aos campos
Desejei meus cantos
A descer as serras
Para respirar

Eu ouvi teu toque
Eu toquei teus dedos
Suspirei teus olhos
Pra te re-encontrar

Afaguei teu peito
Que abrigou a carne
Que pulsou o sangue
Do amanhecer

Reclinou o sol
na escuridão da alma
que elevou a rosa
no anoitecer

E me trouxe vida
Que tornou-se ida
De um caminho belo
Para renascer

E agora rio
Do correr da água
Que molhou a pena
Vou, assim, voar

Voe, então comigo
Para o paraíso
Ao inferno frio
A qualquer lugar

Mas que seja leve
Como cai a neve
...E que seja eterno
Enquanto durar...

Daniel Alabarce

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