Poema do Triângulo Circular Cruzado
(R+C)
Um barco a vela para se navegar
Um espelho negro para aprofundar
Uma espada invertida para conquistar
Um desejo firme para transmutar:
Alcei a corda
Chamei as ondas
Lacei o mar
Com meu amor
Saiu o barco
Soprou o vento
Meu doce intento
De velejar
Morango em calda
Azeite em fios
Oceano azul
de sutil degustar
Degustar meu cheiro
Perfumar meu beijo
Encontrar um jeito
De em mim nadar
Viajei aos campos
Desejei meus cantos
A descer as serras
Para respirar
Eu ouvi teu toque
Eu toquei teus dedos
Suspirei teus olhos
Pra te re-encontrar
Afaguei teu peito
Que abrigou a carne
Que pulsou o sangue
Do amanhecer
Reclinou o sol
na escuridão da alma
que elevou a rosa
no anoitecer
E me trouxe vida
Que tornou-se ida
De um caminho belo
Para renascer
E agora rio
Do correr da água
Que molhou a pena
Vou, assim, voar
Voe, então comigo
Para o paraíso
Ao inferno frio
A qualquer lugar
Mas que seja leve
Como cai a neve
...E que seja eterno
Enquanto durar...
Daniel Alabarce
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