segunda-feira, 22 de abril de 2013

Poema da terra

Criança pequenina,
na palma de sua mão
o invisível se oculta

Um índio que fala
Na rodoviária
Sorriso compreendido
Na mezza-voce da Monalisa

Uma planta que dança
Sob a lua crescente
Um estalo de boas vindas
Ao irmão que da terra brota

Caminhos que se cruzam adiante
Linhas paralelas, retilíneas, transversais
Oblongas ou ondulantes
No vento de melodia
Escrito na partitura
Da folha esverdeada
Das árvores distantes

O sentido interno dos sons
Na externalidade da Música Total
No jazz alucinante
De Hermeto Pascoal

A soma ou subtração
Dos interstícios todos
Do sumo do suco da laranja
Ou da átimo de tempo
da semifusa frenética

O silêncio se cristaliza
Emudecendo o tolo
Naturalmente...
Cala-te e flua como um Rio!



2 comentários:

  1. Good, good, good. Não sou muito fã desse tipo de poema, talvés porque os meus nunca tenham prestado, consigo produzir poemas com versos brancos, mas sempre parece faltar algo, prefiro os convencionais mesmo. Ah criei um estilo de poema bem legal, chama-se "poema morto" :)

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